14 de março de 2025
No VAGA, acreditamos que cada projeto é uma oportunidade de deixar um legado. Ao trabalharmos com materiais que ressoam com a natureza, garantimos que cada obra não seja apenas um reflexo do presente, mas também um marco para o futuro.
Dedicamos esta edição da nossa newsletter a compartilhar as principais reflexões e aprendizados acumulados ao longo dos 10 anos de atuação do VAGA.
Na seção Novidades do Mercado, exploramos as tendências para pedras naturais em 2025 e os destaques da 1ª Marmomac Brazil, onde o VAGA esteve presente para acompanhar as inovações do setor.
Confira:
– O que motivou a fundação do escritório há 10 anos atrás?
Pedro Domingues: Quando fundamos o VAGA, éramos três jovens recém-formados, entusiasmados e criativos. Queríamos criar espaços que fizessem sentido para as pessoas e para os desafios contemporâneos. Sempre enxergamos a arquitetura não apenas como construção, mas como ferramenta de transformação – uma forma de dar vida a histórias, provocar sensações e criar lugares significativos. A criação do escritório foi um movimento natural, uma forma de consolidar estes desejos na prática, atuando de forma abrangente na criação de projetos de diversas escalas e programas.
Pedro Faria: O próprio nome do escritório traduz essa essência. “VAGA” remete ao vazio, à ausência que carrega um sentido de liberdade e possibilidades. Desde o início, buscamos fugir de fórmulas prontas, mantendo uma abordagem dinâmica e reflexiva. Criamos projetos que dialogam com o tempo, as cidades e, principalmente, com as pessoas que os habitam. Essa inquietação nos move até hoje.
– Como descrevem a evolução do escritório ao longo dessa década?
Pedro Faria: O VAGA evoluiu de um ateliê de projetos para uma empresa estruturada. No início, trabalhávamos em uma garagem em Pinheiros; em 2020, mudamos para a Avenida Ipiranga, no centro de São Paulo – um espaço pulsante, cheio de diversidade e potencial de transformação.
Pedro Domingues: No começo, éramos um grupo pequeno, atuando de forma intuitiva e artesanal. Com o tempo, aprendemos a gerir projetos mais complexos, estruturando processos e equilibrando sensibilidade criativa com eficiência operacional. Hoje, mantemos essa essência, mas com uma gestão mais sólida e organizada, movidos pela missão de realizar os sonhos de nossos clientes da forma mais prazerosa possível, reduzindo a complexidade e imprevisibilidade deste processo.
– Quais desafios trouxeram aprendizados fundamentais para o crescimento do VAGA?
Pedro Domingues: Nossa trajetória foi moldada por pesquisa, estudo e, claro, erros. Sempre buscamos criar projetos impactantes e transformadores, entendendo que a arquitetura é um processo coletivo de pesquisa, experimentação e aprendizado contínuo.
Pedro Faria: Aprendemos a respeitar o contexto e a história de cada lugar, especialmente em reformas. Equilibramos criatividade e gestão para garantir que as intenções do projeto se concretizem. Além disso, incorporamos a sustentabilidade como um princípio fundamental, adotando materiais e técnicas responsáveis desde o início de cada projeto.
Pedro Domingues: A adaptabilidade e resiliência também foram essenciais. Aprendemos a encontrar soluções em um mercado dinâmico e a construir relações sólidas com clientes, parceiros e equipes. Nosso crescimento veio da capacidade de questionar, experimentar e encarar cada novo projeto como um desafio único.
Alguns aprendizados valem ser citados:
- Respeitar o contexto e a história do lugar – Projetos de reforma em edificações existentes reforçaram a importância de entender e valorizar o passado antes de propor transformações, que devem ser pensadas de forma precisa.
- Equilibrar criatividade e gestão – Aprendemos que, além da inspiração e do olhar sensível, é essencial estruturar processos e ter um planejamento sólido para viabilizar projetos de forma eficiente.
- Acompanhar de perto a execução – Um bom projeto no papel só se concretiza plenamente quando há um acompanhamento cuidadoso da obra. A fiscalização e o controle da execução garantem que a intenção do projeto se mantenha fiel até a entrega final.
- Adaptabilidade e resiliência – O mercado de arquitetura é dinâmico e cheio de imprevistos. Saber se adaptar e encontrar soluções criativas para desafios técnicos, orçamentários ou burocráticos foi essencial para o nosso crescimento.
- Construir relações sólidas – A arquitetura é um trabalho colaborativo. Clientes, parceiros e equipe são peças fundamentais para o sucesso de um projeto, e cultivar relações de confiança faz toda a diferença no longo prazo.
- Sustentabilidade como princípio, não como tendência – Com o tempo, ficou claro que pensar em impacto ambiental não é mais um diferencial, mas uma necessidade. Incorporar materiais e técnicas sustentáveis desde a concepção do projeto tornou-se parte do nosso DNA.
- A importância de questionar e experimentar – Nunca aceitamos respostas prontas. Cada projeto é um novo desafio, e aprendemos que testar hipóteses, questionar padrões e buscar soluções inovadoras é o que nos mantém evoluindo.
– Quais foram as principais mudanças na forma de projetar arquitetura nesses 10 anos?
Pedro Faria: A tecnologia teve um impacto imenso. Ferramentas como o BIM otimizaram processos e melhoraram a comunicação entre todas as partes envolvidas. Além disso, adotamos inovações como realidade virtual e imagens hiper-realistas para enriquecer a experiência do cliente.
Pedro Domingues: Também percebemos uma mudança na relação das pessoas com os espaços. Há uma busca crescente por arquitetura atemporal, sustentável e integrada ao entorno urbano. A flexibilidade dos ambientes se tornou central na concepção dos projetos. Além disso, observamos uma reaproximação do mercado imobiliário com a arquitetura de qualidade, que se torna cada vez mais uma ferramenta de venda, aumentando a qualidade da vida urbana.
– Além dos projetos arquitetônicos, quais outros serviços o VAGA oferece?
Pedro Faria: Com o tempo, percebemos que um projeto bem elaborado não é suficiente – o verdadeiro desafio é transformá-lo em espaço concreto. Por isso, ampliamos nossa atuação para acompanhar todas as etapas do processo, da criação à ocupação, garantindo uma experiência mais segura e otimizada para o cliente.
Pedro Domingues: Oferecemos gerenciamento e coordenação de projetos complementares, fiscalização de obras, consultoria em materiais e mobiliário, além de projetos de interiores e iluminação.
– Como o mercado de arquitetura mudou em comparação com 10 anos atrás?
Pedro Domingues: O cliente atual está mais informado e exigente, o que valoriza ainda mais projetos bem pensados. Incorporadoras também passaram a ver a arquitetura como um diferencial estratégico, e não apenas uma formalidade.
Pedro Faria: A concorrência aumentou, e a arquitetura precisou se adaptar a novas demandas, seja na adoção de tecnologia, na sustentabilidade ou na concepção dos espaços. Mas uma coisa nunca muda: a importância do olhar humano. As pessoas sempre vão querer viver, trabalhar e estar em ambientes que façam sentido para elas.
– Quais projetos foram mais marcantes para o VAGA?
Pedro Faria: Ao longo dessa década, cada projeto deixou sua marca, seja pelo desafio técnico, pela relação com os clientes ou pelo impacto gerado. Alguns, no entanto, foram especialmente significativos. Nossa própria sede, por exemplo, foi um marco emocional e uma chance de materializar nossa identidade.
Pedro Domingues: O Puxadinho, nosso primeiro projeto construído – um pequeno anexo residencial – onde acompanhamos, pela primeira vez, transformação de um desenho em espaço habitado. O Vila Amélia, um projeto de impacto social que nos encheu de orgulho, reforçou nosso compromisso com a arquitetura acessível e de qualidade.
Pedro Faria: Outros projetos de destaque incluem a Casa Manacá, reconhecida internacionalmente por importantes veículos especializados; a Sede ICA Zona Leste, que abriga uma ONG de arte-educação e usa a arquitetura para inspirar e transformar vidas; e a Flagship da Zissou, desenvolvida em parceria com o Atelier Pistache Ganache, que redefiniu a experiência do consumidor através da arquitetura.
– Como vocês imaginam o VAGA nos próximos 10 anos?
Pedro Domingues: Queremos consolidar ainda mais nossa identidade e impacto no cenário da arquitetura, sempre alinhados aos nossos valores e à qualidade do nosso trabalho. Também buscamos expandir nossa atuação, simplificando o caminho do projeto à execução, tornando os processos mais fluidos e acessíveis para nossos clientes.
Pedro Faria: Internamente, queremos manter uma estrutura eficiente e enxuta, fortalecendo relações com clientes e parceiros. Além disso, pretendemos ampliar nossa atuação acadêmica e profissional, contribuindo para a evolução da arquitetura e criando um ambiente de trabalho inspirador para nossa equipe.
Novidades do Mercado
As pedras naturais seguem como protagonistas no design de interiores e exteriores, e as tendências para 2025 revelam um uso cada vez mais inovador desses materiais. Durante a 1ª edição da Marmomac Brazil, evento que reuniu os principais nomes do setor, destacaram-se apostas como o mármore ripado, que traz sofisticação com sua textura dinâmica; as pedras esverdeadas, reforçando a conexão com a natureza; o mix de acabamentos, combinando superfícies brutas, polidas e acetinadas; e o mármore translúcido iluminado, que transforma a pedra em um verdadeiro elemento cênico.
O VAGA esteve presente no evento para acompanhar essas novidades de perto e se atualizar sobre o que há de mais sofisticado no mercado. Além das bancadas tradicionais, as pedras naturais ganham novas aplicações, como escadas esculpidas, molduras de espelhos e mobiliários exclusivos, reafirmando seu potencial como peças centrais no design e na arquitetura contemporânea. Estamos atentos a essas inovações para incorporar materiais de alto impacto visual e qualidade aos nossos projetos.
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