Dez anos de VAGA Arquitetura: dez projetos, dez histórias
24 de setembro de 2025
Nesta edição da nossa newsletter, celebramos a primeira década do VAGA Arquitetura. Dez anos que começaram em uma pequena garagem em Pinheiros e se transformaram em uma trajetória marcada por projetos de múltiplas escalas, desafios sociais, parcerias duradouras e a busca constante por uma arquitetura com identidade, eficiência e impacto real na vida das pessoas.
Nesta edição da seção Novidades do Mercado, mostramos como a parceria MASP + Coral transforma cor, arte e arquitetura em referência para projetos contemporâneos.
Do entusiasmo de três jovens arquitetos à consolidação como um escritório estruturado, nossa história é feita de sonhos que se tornaram projetos e de projetos que se tornaram experiências. Desde o início, buscamos unir excelência técnica e espírito criativo, sempre com processos claros e rigorosos. Hoje, celebramos não apenas os espaços que criamos, mas também os vínculos que cultivamos com clientes, fornecedores, parceiros e comunidades.
Confira:
Foto: Carolina Lacaz
Ao longo dessa década, aprendemos que a boa arquitetura vai além da forma: é sobre processos consistentes, diálogo aberto e soluções que equilibram beleza, funcionalidade, orçamento e sustentabilidade. Projetos como o Vila Amélia, o Setor Habitacional Ceilândia e a Sede ICA Zona Leste foram marcos nesse amadurecimento, mostrando que cada desafio é também uma oportunidade de crescer e transformar.
“Mais do que celebrar uma década de existência, este é um marco para reafirmar nossa essência: fazer arquitetura com identidade, eficiência e impacto real na vida das pessoas.” – Sócios VAGA
Dez projetos, dez histórias
Entre tantos trabalhos, selecionamos 10 projetos que simbolizam nossa jornada até aqui:
A primeira sede do VAGA Arquitetura nasceu de forma inusitada em uma garagem no bairro de Pinheiros. Ao retirar o carro, restou a vaga – espaço de 5,00m x 2,85m que foi ressignificado como um lugar de criação e encontro. Livre de estruturas fixas, a garagem tornou-se um ambiente flexível, capaz de se adaptar a diferentes situações e aberto à colaboração. A mesa central, maior que o necessário para a equipe inicial, simbolizava o desejo de horizontalidade e de um processo criativo participativo, onde ideias circulavam livremente.
Foto: Patrícia Cardoso
Foi também nesse espaço que surgiu o VAGANDO, projeto que extrapolava os limites da garagem para ativar a rua em eventos esporádicos. Reunindo arte, moda, design, música, comida e bebida, o VAGANDO proporcionava novas experiências urbanas, fortalecendo o diálogo com a vizinhança e ampliando a vocação do VAGA como um espaço de investigação, convivência e experimentação para além da arquitetura.
Projeto de cinco galpões destinados a diferentes usos comerciais e de serviços, concebido a partir de planos estruturais modulados em alvenaria de bloco de concreto aparente, tijolos de vidro e portas de aço — soluções que contribuíram para a redução dos custos da obra. O Galpão CL recebeu o Prêmio IAB-SP 2019 na categoria Comercial e Industrial e foi publicado no ArchDaily Brasil (@archdailybr), ArchDaily Internacional (@archdaily) e no Divisare (@divisare_).
O Puxadinho, na Vila Madalena, nasceu do desejo de dois jovens de transformar os fundos de um apartamento térreo em um espaço versátil para receber hóspedes. Com orçamento limitado, o projeto apostou na flexibilidade: um sistema de portas permite diferentes configurações, enquanto a cobertura foi convertida em área de lazer e cultivo. A obra adotou soluções econômicas e sustentáveis, como a captação de água da chuva, ressignificando o “puxadinho” como uma intervenção criativa, funcional e acolhedora.
Desenvolvido no âmbito do Minha Casa Minha Vida, o projeto buscou, com recursos limitados, criar incentivos arquitetônicos capazes de fortalecer a convivência entre os moradores. A integração entre espaços construídos e vazios transforma os ambientes livres em áreas de encontro e socialização.
Ampliamente publicado, foi indicado ao Obra do Ano 2019 (ArchDaily Brasil), ao Building of the Year 2019 (ArchDaily Internacional) e finalista do Prêmio Tomie Ohtake 2018.
O projeto contempla todos os elementos de urbanismo — espaços públicos, sistemas viários e arquitetura dos edifícios — com foco nas unidades habitacionais do programa nacional Minha Casa Minha Vida. Vencedor do concurso nacional para o novo setor habitacional de Ceilândia (DF), o trabalho se destaca pela integração entre urbanismo e arquitetura voltada à coletividade.
O Instituto de Incentivo à Criança e ao Adolescente de Mogi Mirim (ICA) utiliza a arte-educação como ferramenta de transformação social. Nosso projeto potencializou espaços vazios com uma solução viável e sustentável, empregando tijolos de solo-cimento compactado feitos com a própria terra local.
Desde o início, a comunidade participou em pesquisas, atividades artísticas e encontros, fortalecendo o sentimento de pertencimento e colocando os jovens como protagonistas das mudanças sociais em suas comunidades.
A sede do VAGA Arquitetura, no Edifício Vila Normanda, vizinho ao Copan, reflete o espírito de revitalização do centro de São Paulo. O espaço de 140m², antes abandonado, foi transformado em um ambiente integrado, marcado pela laje nervurada original, pela reconfiguração de copa e sala de reuniões e por uma linguagem minimalista que combina concreto aparente, madeira e granilite.
Cm soluções criativas, como luminárias desenhadas pelo próprio escritório, o projeto abriu um “mirante” para a Avenida Ipiranga e trouxe aconchego com o paisagismo, equilibrando memória, modernidade e identidade no espaço de trabalho do VAGA.
Localizada em uma vila no Itaim, esta residência foi concebida como um refúgio urbano em meio à agitação de São Paulo. O projeto preservou a essência da construção original, ampliando a entrada de luz, integrando os ambientes ao jardim e reorganizando a circulação. Distribuída em três pavimentos, a casa combina áreas de convívio e lazer com espaços íntimos, sempre em diálogo com o quintal ajardinado. O uso de tijolo, concreto e madeira reforça a rusticidade existente, associada a uma estética contemporânea de simplicidade e aconchego.
A Casa Manacá busca integrar arquitetura e paisagem, explorando a relação entre o construído e o entorno. Destinada à venda, foi concebida com soluções de baixo custo aliadas a refinamento técnico e estético, garantindo qualidade e atraindo potenciais compradores, além de estabelecer um padrão para o condomínio. O projeto foi reconhecido entre as 50 melhores casas de 2024 pelo ArchDaily Brasil(@archdailybr) e como um dos melhores do ano pelo ArchDaily Internacional(@archdaily), com publicações em veículos como Casa.com (@casacombr), Yinjispace(@yinjispace) e Archello (@archello).
Em parceria com o Atelier Pistache Ganache (@pistacheganache), redesenhamos a identidade arquitetônica da Zissou (@zissoubr), destacando seus produtos e aprimorando a experiência do consumidor. Desenvolvida pelo método sprint, a nova identidade será aplicada às futuras lojas da marca em seu plano de expansão. O projeto ganhou destaque em veículos internacionais, como Dezeen (@dezeen) e Archello(@archello), e em mídias nacionais, como a Revista PROJETO (@revistaprojeto) e o ArchDaily (@archdaily).
Foto: Carolina Lacaz
Cada um desses projetos guarda uma história singular — do experimental ao institucional, do residencial ao comercial — mas todos carregam a mesma essência: traduzir identidade e gerar impacto real para quem vive os espaços.
Olhar para o futuro
Se os primeiros dez anos foram de construção e consolidação, os próximos serão de expansão e inovação. Queremos explorar novos campos, como edifícios de maior escala, hotelaria, design de produto e incorporação imobiliária, mantendo sempre nossa essência: ética, qualidade e foco nas pessoas.
Novidades do Mercado:
A Ecologia de Monet no MASP + Coral
Foto: Divulgação / Coral – exposição “A Ecologia de Monet”
O MASP recebe a exposição A Ecologia de Monet, que vai além das telas ao propor uma experiência sensorial marcada pelas cores. Em parceria com a Coral (@coraltintas), o espaço expositivo ganhou uma paleta escolhida para intensificar a percepção das obras do artista — Vermelho-Escuro Vibrante, Pico da Neblina, Pedaço de Natureza, Sonata e Uva Passa. As paredes deixam de ser neutras e passam a funcionar como telas vivas que dialogam com a luz, a atmosfera e a essência dos jardins retratados por Monet.
A AkzoNobel (@akzonobel), grupo da Coral, também foi responsável pelo restauro do icônico pórtico do MASP, de onde nasceu o “Vermelho MASP” — tom vibrante que remete à intervenção de Lina Bo Bardi nos anos 1990 e hoje integra o portfólio da marca. Símbolo da identidade visual do museu e da cidade de São Paulo, essa cor pode agora ser levada para casas, projetos e espaços comerciais. O VAGA esteve presente na abertura da mostra, representado pela arquiteta Nelly Domingues (@nellydomingues), reforçando sua constante conexão com referências culturais e artísticas que inspiram a prática do escritório.
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