Edifícios e identidade urbana: o papel da arquitetura no desenvolvimento das cidades
14 de outubro de 2025
Nesta edição, refletimos sobre como a arquitetura pode fortalecer a identidade urbana e transformar o cotidiano das cidades por meio de projetos que valorizam a escala humana, o pertencimento e o convívio coletivo. Também compartilhamos aprendizados práticos em obras do VAGA e inspirações de contextos globais que apontam caminhos para um futuro mais inclusivo e sustentável.
Na seção Novidades do Mercado, trazemos encontros e experiências recentes que ampliam nosso repertório: visitas técnicas, inaugurações e novidades de parceiros que estão redefinindo padrões de inovação, sustentabilidade e design no setor.
Setor Habitacional QNR06 Ceilândia | Imagem: VAGA
A cidade como narrativa
A arquitetura vai além de erguer edifícios: ela organiza espaços, traduz culturas e cria narrativas visuais que conectam pessoas às cidades. Quando pensada com sensibilidade, gera pertencimento, interação e identidade urbana.
“Identidade urbana não surge apenas de grandes obras ou monumentos, mas de muitos projetos de escala média e pequena que respeitam o contexto e a escala humana.”
Vila Amélia | Foto: Leonardo Finotti.
Mais que função
Cada edifício é também um fragmento da cidade. Para além da função prática, pode se transformar em marco cultural ou social ao dialogar com o entorno, valorizar a escala humana e promover o encontro. Fachadas icônicas, espaços de convivência e integração com a paisagem urbana tornam a arquitetura uma experiência viva, que ultrapassa a forma construída.
Edifício Vila Indiana | Imagem: VAGA
Edifício Murat | Imagem: VAGA
Aprendizados em projetos
Essa visão aparece em diferentes obras do VAGA. A Vila Amélia, em Sertãozinho (SP), mostrou como um conjunto de habitação popular pode criar identidade por meio de um pátio central que estimula convivência. O Edifício Vila Indiana, em São Paulo, alia densidade moderada, escala humana e eficiência em um terreno compacto. Já o Edifício Murat, também na capital, integra-se ao bairro e demonstra como projetos de menor porte podem enriquecer o tecido urbano. Esses exemplos reforçam que a identidade das cidades não nasce apenas de grandes monumentos, mas também de edifícios cotidianos, de pequena e média escala, que respeitam o contexto e favorecem a vida coletiva.
Setor Habitacional QNR06 Ceilândia | Imagem: VAGA
Olhar para o futuro
O VAGA enxerga oportunidades em edifícios de uso misto que concentrem habitação, comércio, serviços e cultura em um mesmo local, retrofits de estruturas existentes e projetos de habitação coletiva que conciliem qualidade arquitetônica, sustentabilidade e inclusão social. Também vê nas requalificações de espaços públicos — praças, ruas, áreas verdes — um caminho para fortalecer o senso de comunidade e tornar as cidades mais compactas, diversas e humanas.
Setor Habitacional QNR06 Ceilândia | Imagem: VAGA
Inspirações globais
Experiências internacionais mostram que a identidade urbana nasce da integração entre arquitetura e vida cotidiana. Copenhague transformou antigas áreas industriais em bairros mistos que unem moradia, comércio e cultura, enquanto Barcelona, com as superilles, devolveu espaço ao pedestre e ao convívio em áreas densas.
Em Londres, retrofits de fábricas em Shoreditch revelam como requalificar sem apagar a memória do lugar, e Medellín tornou-se símbolo de inclusão ao implantar bibliotecas-parque e equipamentos culturais em áreas periféricas. No Brasil, iniciativas em São Paulo e Curitiba reforçam que mobilidade, habitação coletiva e requalificação de espaços públicos são caminhos para cidades mais humanas.
Esses exemplos comprovam que a arquitetura, aliada a políticas públicas e participação social, é capaz de criar pertencimento e fortalecer a vida coletiva nas cidades.
“Projetar com consciência é construir espaços que promovem pertencimento, interação e bem-estar.”
A arquitetura tem um papel transformador: criar lugares que respeitam o passado, respondem ao presente e preparam o futuro.
Novidades do Mercado
A convite da Revista Casa e Mercado, visitamos a fábrica da Cebrace, em Caçapava – SP, joint venture entre a Saint-Gobain a NSG Group / Pilkington. Além de conhecer os processos de fabricação de vidros planos, espelhos e vidros de controle solar, foi enriquecedor observar o forte compromisso da empresa com a sustentabilidade, reciclando 100% dos resíduos gerados.
Também participamos da inauguração da nova loja do estudiobola na Alameda Gabriel Monteiro da Silva, que marcou os 25 anos da marca e apresentou sua mais recente coleção.
Acompanhamos ainda a abertura da nova unidade da Zissou Abílio Soares, projeto desenvolvido pelo VAGA em parceria com o Pistache Ganache. Este é o terceiro espaço a replicar o padrão arquitetônico estabelecido na Flagship Zissou Pinheiros, também de autoria dos dois escritórios, consolidando a identidade da marca em sua expansão.
Recebemos também a visita da Vidro Real, com destaque para a linha Ecologic, composta por pastilhas produzidas 100% com vidro reciclado. Além da estética, a coleção apresenta atributos tecnológicos como propriedades anti-poluição, antibacterianas, autolimpantes e resistência à pichação, unindo beleza e responsabilidade ambiental.
Por fim, tivemos a presença da MONOFLOOR em nosso escritório, trazendo novidades nos revestimentos microcimentícios monolíticos. A tecnologia Stelion chega para aumentar a durabilidade contra riscos por abrasão. Inclusive, já temos um projeto em andamento que contará com essa inovação, em breve compartilharemos nossa experiência.
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