22 de julho de 2025
Nesta edição da nossa newsletter, exploramos como a arquitetura da hospitalidade pode transformar espaços em experiências. Hotéis, restaurantes, lojas e pousadas podem ser lugares que acolhem, emocionam e criam vínculos — através da luz, das texturas e do cuidado com cada detalhe. Compartilhamos também alguns de nossos projetos que traduzem essa abordagem sensível e sensorial à arquitetura.
Na seção Novidades do Mercado, compartilhamos os aprendizados da visita à Casa Cor com a WM Mármores e de um treinamento aprofundado sobre rochas naturais e superfícies sintéticas — um tema essencial para escolhas mais conscientes e duradouras na arquitetura.
Confira:
Mais do que abrigar funções, uma arquitetura para a hospitalidade deve proporcionar experiências. Ela está presente em espaços como hotéis, pousadas, lojas, bares, restaurantes, cafés e spas — lugares onde o bem-estar está no centro de tudo. Projetar para a hospitalidade é desenhar atmosferas que acolhem, tocam os sentidos e permanecem na memória.
Para nós, projetar espaços é, antes de tudo, um ato de cuidado. É sobre traduzir sensações, antecipar necessidades, contar histórias, que nasce do olhar atento para o humano: suas rotinas, seus desejos e suas pausas. Em um mundo cada vez mais acelerado e impessoal, acreditamos que a arquitetura pode devolver tempo, presença e prazer às pessoas.
Essa escuta começa muito antes da primeira linha traçada. Nosso processo envolve conversas profundas com clientes, em que buscamos compreender suas expectativas, hábitos e intenções para o espaço. Utilizamos também ferramentas como estudos de percurso, painéis de inspiração sensorial e simulações de luz, clima e materialidade — antecipando as atmosferas que desejamos provocar.
“Vemos a arquitetura como um meio de criar vínculos: com o tempo, com a paisagem, com a memória afetiva e com outras pessoas. Em espaços de hospitalidade, essa mediação se intensifica, pois esses lugares lidam diretamente com o cuidado com o outro. A arquitetura, nesses casos, não é pano de fundo — ela participa ativamente da experiência.” – Pedro Domingues, sócio-fundador do VAGA.
Buscamos também valorizar a cultura local e o entorno durante o desenvolvimento e construção de um novo espaço. É a partir desse contexto que acumulamos repertórios e modos de viver que, quando respeitados e reinterpretados com sensibilidade, fortalecem o vínculo entre ambiente e usuário.
“Incorporar elementos da cultura local — seja nos materiais, na técnica construtiva, na paleta cromática ou nas referências formais — é uma forma de valorizar a identidade do lugar. Isso se torna ainda mais relevante em projetos de hospitalidade, onde a experiência do visitante se constrói também a partir da imersão no contexto.” – Pedro Faria, sócio-fundador do VAGA.
Elementos sensoriais como luz natural difusa, temperatura agradável, silêncio ou som controlado, e materiais táteis são indispensáveis para promover acolhimento e a sensação de pertencimento.
“Gostamos de trabalhar a ambiência como um organismo vivo: um espaço pode ser “funcional” do ponto de vista técnico, mas só é verdadeiramente completo quando também é sensível e afetuoso.” – Pedro Domingues, sócio-fundador do VAGA.
Estética e funcionalidade, para nós, são camadas de um mesmo raciocínio projetual. Por isso, mesmo em espaços de uso coletivo — como restaurantes e lojas —, onde há exigência de circulação, operação e manutenção eficientes, cuidamos de cada detalhe: iluminação bem-posicionada, mobiliário ergonômico, acústica trabalhada, texturas agradáveis e sinalizações intuitivas. Tudo isso contribui para uma funcionalidade que se manifesta de forma sensorial.
A seguir, apresentamos uma seleção de projetos do VAGA que traduzem essas perspectivas em experiências arquitetônicas de hospitalidade sensível:
Para este projeto, buscamos ir além da função de loja, criando um espaço que celebra a expressão feminina contemporânea através da exibição de joias em harmonia com a arquitetura.
O percurso se inicia por uma porta pivotante que conduz a um ambiente de transição — um convite ao desligamento do espaço urbano e à entrada em uma nova atmosfera. Ali, paredes rugosas com caráter quase cavernoso, a luz natural que penetra por uma abertura superior e a presença de uma única árvore compõem uma experiência sensorial marcante. O espaço interno, minimalista e sofisticado, se aproxima mais de uma galeria de arte do que de uma loja convencional.
Desenvolvemos um projeto com ênfase na jornada do cliente — “consumer first” — sintetizando a identidade da marca através da arquitetura.
Cada etapa da experiência foi cuidadosamente pensada: da chegada à loja até o pagamento e entrega do produto. Um revestimento rosa coral cobre parte das paredes como uma membrana contínua, traduzindo o conceito do projeto — “Camadas entre o dormir e o viver”. Esse elemento guia o visitante desde a calçada (vida cotidiana) até o interior da loja (universo do sono), conectando os sentidos à proposta da marca.
Localizado no FAMA Museu, o restaurante Cozinha São Pedro foi concebido como um espaço acolhedor e flexível, capaz de abrigar tanto refeições quanto eventos.
A partir de uma intervenção sutil e respeitosa, adaptamos dois galpões existentes, preservando sua identidade e estabelecendo um diálogo com o patrimônio histórico e as obras de arte presentes no complexo. A nova arquitetura propõe um ambiente contemporâneo e sensível, onde o encontro entre visitantes é favorecido pela espacialidade fluida e convidativa.
Inspirado na cozinha natural e acessível do restaurante e no bioma do cerrado brasileiro, o projeto para o Restaurante Cajuí traduz esses valores na arquitetura.
A escolha do nome — em referência ao pequeno fruto nativo do cerrado — orientou o conceito principal dos clientes: alertar para a preservação desse bioma rico em biodiversidade. Assim, exploramos a relação entre luz e cor para evocar a paisagem do cerrado, com materiais e tons que transformam a luz natural em narrativa sensorial. Cada decisão arquitetônica buscou refletir essa conexão profunda com a natureza.
O projeto da pousada partiu do desejo de oferecer uma experiência íntima, conectada à natureza e ao tempo.
Cada unidade conta com terraços privativos, promovendo uma vivência silenciosa e contemplativa. As áreas comuns, como o pátio central com piso de areia e um lago natural para banho, se integram organicamente ao grande cajueiro do terreno — que se torna um símbolo de pertencimento e identidade.
Novidades do Mercado:
Rochas naturais em destaque: visita à Casa Cor e treinamento com WM Mármores
A convite da WM Mármores, visitamos a Casa Cor São Paulo e observamos uma tendência clara: as rochas naturais estão assumindo o protagonismo nos projetos, aparecendo com destaque em bancadas, pisos, painéis e também em peças de design assinado. A variedade de texturas, veios e acabamentos naturais foi explorada por diversos escritórios como elemento expressivo e sofisticado, revelando uma valorização crescente de materiais autênticos e duráveis na arquitetura contemporânea.
Aproveitando a parceria, recebemos a equipe técnica da WM Mármores na sede do VAGA para um treinamento exclusivo sobre rochas naturais e superfícies sintéticas. Durante o encontro, foram abordadas as características de diferentes tipos de pedras — como mármores, granitos, quartzitos e superfícies industrializadas — incluindo sua origem geológica, propriedades físico-químicas, resistência e manutenção. A apresentação foi fundamental para reforçar o conhecimento técnico da equipe, ampliando nosso repertório de especificações de acordo com o desempenho e a estética exigida por cada projeto.
Para o público do VAGA, esse aprofundamento técnico é especialmente relevante: compreender as possibilidades e limitações de cada material é essencial para propor soluções duráveis, sustentáveis e alinhadas ao estilo de vida de nossos clientes. A seleção criteriosa de superfícies e revestimentos faz parte do nosso compromisso em entregar projetos com identidade e excelência, combinando beleza, funcionalidade e longevidade.
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