3 de junho de 2024
Nesta nova edição da newsletter, discutimos as principais diferenças entre construir do zero ou reformar uma casa, suas vantagens e desvantagens, e o papel do arquiteto na ajuda desta escolha.
Como exemplo, citamos nosso recente projeto para a Casa Manacá, construída do zero, e a Casa Maria Rosa, que foi reformada preservando as características da arquitetura original.
Na seção “Novidades do Mercado” destacamos as bacias sanitárias inteligentes, que combinam tecnologia avançada e design sustentável para proporcionar conforto e bem-estar aos consumidores.
Confira:
A decisão de reformar um imóvel existente ou construir uma casa do zero passa, primeiramente, pelas necessidades e desejos de cada cliente. No entanto, quando há dúvidas sobre qual caminho seguir, alguns fatores devem ser levados em conta, como custos, tempo, sustentabilidade, nível de personalização e as tecnologias disponíveis para alcançar o conforto e bem-estar desejados.
Se a decisão for por uma construção nova, a localização e a topografia do terreno, por exemplo, são fundamentais, pois influenciam diretamente no projeto e na execução da obra. A orientação solar e a ventilação natural são aspectos essenciais para aumentar o conforto e a eficiência energética da casa. Além disso, é importante considerar o contexto e o entorno, como o acesso, a relação com a vizinhança e as dinâmicas locais que podem afetar o uso do espaço.
Outro fator crucial é o orçamento disponível para o projeto e a construção. Ter uma visão clara do orçamento ajuda a evitar surpresas durante a execução. As regulamentações locais e a legislação urbanística também devem ser verificadas, pois podem impactar significativamente o projeto. A sustentabilidade e a eficiência energética são cada vez mais valorizadas e devem ser incorporadas desde o início do planejamento. A disponibilidade de recursos, materiais e mão de obra na região também precisa ser considerada para evitar atrasos e problemas na construção.
Casa Manacá
Neste cenário, uma abordagem colaborativa entre arquitetos e clientes é fundamental para que os profissionais entendam as necessidades e desejos dos futuros moradores daquele espaço, com o objetivo de traduzi-las em projetos que superam suas expectativas.
“Ao projetar sobre uma construção existente, sempre buscamos compreender a linha de raciocínio do projeto original, a fim de identificar potencialidades e um ponto de partida para as novas intervenções” – Pedro Faria, sócio-fundador do VAGA.
Neste cenário, uma abordagem colaborativa entre arquitetos e clientes é fundamental para que os profissionais entendam as necessidades e desejos dos futuros moradores daquele espaço, com o objetivo de traduzi-las em projetos que superam suas expectativas.
“Ao projetar sobre uma construção existente, sempre buscamos compreender a linha de raciocínio do projeto original, a fim de identificar potencialidades e um ponto de partida para as novas intervenções” – Pedro Faria, sócio-fundador do VAGA.
Casa Maria Rosa
Construir do zero oferece mais liberdade e flexibilidade de projeto, mas também tende a ser um processo caro e demorado. Reformar um imóvel existente pode ser mais rápido e econômico, mas pode apresentar limitações em termos de layout e design, além de questões ocultas do imóvel existente, como problemas estruturais, elétricos e hidráulicos, que exigem maior flexibilidade de orçamento.
“Apesar da maioria dos nossos projetos serem obras do zero, temos observado uma crescente demanda por projetos de reforma no VAGA, conforme mais pessoas buscam atualizar e adaptar suas casas existentes às suas necessidades atuais – principalmente em centros urbanos como São Paulo. Fora desses grandes centros, a demanda por projetos construídos do zero é maior” – Pedro Domingues, sócio-fundador do VAGA.
Casa Manacá
No VAGA, independentemente da natureza do projeto, temos compromisso com a qualidade, sustentabilidade e inovação em cada projeto. Por isso, citamos como exemplo, alguns dos nossos projetos residenciais que foram construídos do zero, como a Casa Manacá, e reformados, como a Casa Maria Rosa:
Situada em um loteamento em Cesário Lange, interior de São Paulo, a Casa Manacá foi implantada em um lote de esquina com suave declive e vista para o lago. O projeto visou estabelecer relações com a paisagem, área verde, rua, insolação ideal e privacidade, exigindo diferentes níveis de interação entre interior e exterior.
A distribuição espacial organiza-se em três núcleos programáticos formando dois grandes volumes interseccionados. A transição entre os núcleos é gradativa, integrando sala íntima e cozinha, preservando a autonomia de cada espaço.
A tensão entre íntimo e social é marcada pela sobreposição dos volumes pela cobertura. A estrutura metálica suporta a cobertura, que possui uma calha central para drenagem, proporcionando pé direito alto nas áreas coletivas e grandes beirais para proteção solar. A cobertura se estende sobre a entrada social, articulando os dois volumes. O sistema construtivo, com estrutura metálica e paredes de alvenaria, foi escolhido pela eficiência e rapidez na construção.
Como a casa foi projetada para venda, a inexistência de um cliente final específico impôs desafios, influenciando decisões de austeridade estética e funcionalidade.
Casa Manacá em obras
Casa Manacá
Situada em uma vila de casas geminadas no Itaim, São Paulo, a Casa Maria Rosa é um refúgio urbano no coração de um dos maiores centros comerciais do mundo. O projeto visa criar uma atmosfera de paz e tranquilidade, potencializando os espaços de convivência e a relação com o quintal. Mantendo a natureza original da construção e a integridade do conjunto, as intervenções foram singelas e focadas na readequação funcional dos espaços, promovendo maior entrada de luz natural, integração com o jardim, e a construção de um anexo para lavanderia.
Utilizando materiais preexistentes como tijolo, concreto armado e madeira, o projeto alia simplicidade e rusticidade com um design contemporâneo, evocando memórias afetivas e criando um senso de pertencimento e aconchego em meio ao cenário urbano.
Casa Maria Rosa em reforma
Casa Maria Rosa
Novidades do Mercado
Conforme antecipado nas últimas edições da nossa newsletter, a inovação, tecnologia e design estão cada vez mais presentes nos lançamentos de produtos, refletindo a busca dos consumidores por beleza, conforto, bem-estar e sustentabilidade.
Em projetos de construção ou reforma, é essencial considerar as diversas soluções tecnológicas e sustentáveis disponíveis no mercado. Um exemplo dessa tendência são as bacias sanitárias inteligentes, que combinam funções de bacia e bidê com diversas outras funcionalidades. Fabricantes nacionais como Docol, Deca, Kohler, Roca, Denfa e Celite já oferecem esses produtos, antes encontrados apenas em marcas importadas de alto luxo como a Toto.
Essas bacias oferecem bem-estar e higiene através de tecnologias como assentos aquecidos, sensores de movimento, limpeza íntima com água morna, secagem com ar quente, descarga automática, neutralizador de odores e desinfecção, utilizando raios UV, plasma ou ozônio. Muitas permitem personalização via controle remoto para ajustes de temperatura, pressão e tipo de jato d’água, além de iluminação LED para uso seguro no escuro.
É importante salientar que, por se tratarem de lançamentos com tecnologia de ponta ainda pouco difundida no mercado nacional, esses produtos possuem um custo elevado e estão voltados para o mercado de luxo. No entanto, a tendência é que, com o tempo, essa tecnologia se torne mais acessível e, aos poucos, se democratize.
A bacia inteligente da Kohler, por exemplo, integra Alexa, alto-falantes e luzes LED UV, permitindo controle por voz e escuta de música. Os acionamentos automáticos também promovem economia de água, oferecendo uma solução sustentável
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