ESCRITÓRIO VAGA

ficha técnica

  • Localização: República – São Paulo – SP 
  • Ano Projeto: 2019 
  • Ano Obra: 2020 
  • Área Terreno: m2 
  • Área Projeto: 140 m2 
  • Autores: Fernando O’Leary, Pedro Domingues, Pedro Faria 
  • Colaboradores: Giovanna Custódio, Gabriela Inomata, Tali Liberman Caldas 
  • Cliente: VAGA Arquitetura 
  • Projetos Complementares e Consultorias: Vitor Ballan Paisagismo  
  • Fornecedores: Ramper Instalações, Prototyp&, Refúgio Design, Cremme, Paula Sousa Ateliê de Cerâmica.
  • Fotos: Carolina Lacaz   
  • Prêmios:  
  • Publicações: Casa Abril, ArchDaily Brasil, Casa e Jardim 

Reforma de imóvel comercial para nova sede do escritório VAGA Arquitetura 

Localizado no coração de São Paulo, no Edifício Vila Normanda, vizinho de um dos prédios mais icônicos da arquitetura de São Paulo, o Copan, e de outros clássicos como o Terraço Itália e a Praça da República, está a sede do escritório VAGA, com seus 140m².  

Embora o entorno esteja repleto de clássicos arquitetônicos, o intuito dos sócios Pedro Domingues, Pedro Faria e Fernando O’Leary era recuperar e atualizar um imóvel comercial que estava praticamente abandonado, mas sem descaracterizá-lo e sim inseri-lo na nova energia da região, que vem passando por uma revitalização tanto de dia, quanto de noite, trazendo uma nova vida jovem pulsante que vem circulando pelos prédios, bares, comércios da região e, trazem, claramente, ideias frescas para a arquitetura.  

 Como o desvelamento das estruturas originais do edifício, o conjunto encontrava-se compartimentado em pequenas salas separadas por divisórias, além de contar com piso elevado e forro de gesso. Removendo esses elementos e revelando a laje nervurada, formou-se um espaço único e integrado. As áreas molhadas também foram reconfiguradas para receber três sanitários, uma copa, um novo piso granilite foi adicionado e um anexo transformado em sala de reuniões.  

  Com um conceito simples e minimalista, coeso com a identidade do escritório – que, com poucas intervenções, trouxe nova roupagem ao imóvel -, o concreto se manteve presente na estrutura original do edifício, criando um contraste interessante com a madeira da marcenaria e o piso de granilite branco com granilhas marrons.  

  Durante o processo, os arquitetos esbarraram em um grande desafio que foi a revelação de laje nervurada existente, que continha a madeira original da construção dos anos setenta. A solução encontrada foi retirar todo esse madeiramento e recuperar certos pontos estratégicos das armações de aço existentes. 

Um grande destaque do projeto é a vista que se formou após a integração dos espaços próximos às janelas frontais – voltadas para à Avenida Ipiranga -, se tornando uma espécie de “mirante” para o clássico entorno arquitetônico. Além, de claro, das técnicas utilizadas para trazer nova vida ao espaço, “descontruindo” o antigo espaço e criando um largo e amplo ambiente com infinitas possibilidades de uso e ocupação.  

  Outra solução criativa para trabalhar com materiais de baixo custo e criar uma peça de design que complementasse a atmosfera foram os desenhos das luminárias de teto, criadas pelo próprio escritório, compostas por perfis galvanizados de mercado fixados no fundo da laje nervurada de concreto, suspendidas por um vidro jateado que serve como difusor. 

 O paisagismo foi pensado para quebrar a frieza e a racionalidade que o concreto transmite, colaborando para construir, junto com a madeira, uma atmosfera mais acolhedora, agradável e com um toque exato de aconchego. 

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